Pietro Kuhn
Vinte e Dois anos
Um caso, talvez fosse a melhor forma de rotular o que eu e Donna estamos criando.
O importante era nossas famílias não descobrirem sobre isso, pois a última coisa que desejo, é me casar por obrigação — até porque, nem casar eu quero, pra ser bem honesto.
— Está pensando demais? — Donna pergunta quando guarda a caixa da pizza.
— Não é nada — minto.
— Entendi… — ela solta enquanto cambaleia um pouco. — Ah… acho que estou ficando um pouco tonta.
— Essa é a quarta garrafa de vinhos que você abre — a lembro. — E você nem comeu direito...
— Não deveria ter começado a beber antes de comer — confessa, se sentando ao meu lado no sofá.
— Então me dê isso aqui. — Pego a taça da sua mão e coloco na mesa de centro junto com a minha. — O que acha de ir se deitar?
— O que acha que continuarmos de onde paramos? — indaga com a voz aveludada e um olhar felino que quase me faz jogar o meu bom-senso pela janela.
— Você não está em condições...
— Não estou bêbada. — Donna