Adriano Di Lauro
Assim que o carro estaciona, corro para a entrada da casa sem nem esperar pelo protocolo de segurança.
O meu instinto diz-me que a atitude dela está relacionada à chegada daquele idiota e se ela não me conta é porque esconde algo.
Ouço um barulho atrás de mim e viro-me para encontrar a minha esposa mais branca que uma folha de papel.
Vejo o m@ldito telefone no chão e corro para pegá-lo. Então, deparei-me com um chat aberto cheio de mensagens.
Enquanto leio, a raiva cresce até se tornar um globo grande demais para controlar.
É ele, só pode ser ele.
Ouço o meu nome num sussurro ao longe e vejo tudo vermelho. Vou esmagá-lo, eu juro que vou.
Aperto o meu maxilar até ele tremer enquanto estilhaço o telefone com as mãos.
"Precisamos conversar" Eu não gosto nada dessas palavras.
Sim, sou feito de aço, mais mesmo o metal mais poderoso derrete com fogo e queimo em chamas.
Rujo enquanto ando pela porta e vou direto para o frigobar no sala de espera para me servir um conhaque se