Capítulo 11

AIYANA

O cheiro de fumaça e terra molhada grudava na minha pele como se o medo tivesse um perfume próprio. A noite era densa, opaca, e não tinha estrelas. Isabela tropeçava logo atrás de mim, praguejando baixinho entre os dentes. Minha vó ia à frente, com passos decididos demais para alguém da idade dela. Birguit vinha ao lado, os olhos atentos, farejando o perigo antes mesmo que ele nos alcançasse.

— Por que Icarus faria isso agora? — perguntei em voz baixa, para ninguém em especial.

— Porque ele acha que Maxim e o pai dele mataram os dele. — Isabela respondeu, fria como sempre. — E você não o conhece. Ele é violento e lunático.

— Eu não sei de nada — resmunguei, apertando

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