Ele saiu e bateu a porta. Eu me recompus e continuei ali, sem palavras. Dom pareceu nervoso:
- Este homem é importante para nós.
- Por quê? – perguntei.
- Ele vem indicado por King, o grande financiador dos nossos encontros e que apoia nossas ideias. Não podemos perder Black.
- Mas... Não fizemos nada errado. – eu disse.
- Teoricamente deveríamos estar lá em cima, discutindo nossas ideias. É para isso que nos encontramos.
- Dom...
Ele pegou minhas mãos e beijou-as, dizendo:
- Vou lembrar destes momentos... Dos seus beijos, do seu gosto, do seu cheiro...
- Não quer mais me ver? – perguntei quase num fio de voz.
- Claro que quero. – ele disse. –Mas precisamos nos cuidar. Nada de revelar nossas identidades. Isso é perigoso. Precisamos nos proteger.
- Eu não quero saber de Black... Eu só quero