Falávamos pouco, fazíamos muito. Éramos como dois ímãs, que não conseguiam ocupar o mesmo espaço sem estar um grudado no outro, neste caso eu dentro dela.
Mas os dias passaram e chegou a data da comemoração do meu aniversário na casa do lago.
A propriedade era da minha família, pertencente aos meus pais. Depois que eles morreram e os bens foram divididos, foi uma das partes que ficou para mim. Eu poderia ter vendido, mas não o fiz porque tinha vontade de levar Mônica para lá algum dia e lhe tinha feito a promessa. Mas infelizmente não deu tempo de cumprir. E era um lugar onde poucas vezes nossa família realmente pareceu família. Então, embora eu não quisesse admitir, as poucas partes boas da minha infância estava ali.
Decidi ir de helicóptero e descobri que Olívia nunca tinha viajado daquele jeito. Assim que entramos na aeronave, ela sorria o tempo todo e não parava de falar, me deixando tonto. O sol da manhã estava fraco e os raios que entravam pela parte transparente faziam com que