- Como? Você cravou uma haste de ferro?
Olívia assentiu e falou de forma tranquila:
- Minha mãe estava trabalhando – olhou para todos, pouco se importando com os julgamentos – No que ela melhor de fazia, se prostituindo – sorriu e depois me encarou – Me deixou em casa, sozinha. E pediu para a vizinha me observar vez ou outra. Eu e a filha da vizinha estávamos jogando bola pelo muro que separava as casas. Era uma espécie de jogo de vôlei onde o muro era a rede. A menina, numa das jogadas, rebateu com tanta força que a bola foi parar no pátio do outro lado da minha casa. Lembro com se fosse hoje... Havia um muro de tijolos e a parte de cima era com uma grade. A vontade de me divertir jogando era tanta que decidi pular para o outro lado e recuperar a bola. Não cheguei a conseguir pegá-la...
- Quem a ajudou? – A garota quis saber – Doeu muito?
- Dor? &ndash