RAVI
Maurício: Eu... eu não sei do que você tá falando. Deve ter algum engano aqui. Eu nunca vendi ninguém... Me solta, por favor. Eu preciso ir embora. Agora.
Fiz um sinal curto com a cabeça. Um dos meus homens veio, colocou uma arma na minha mão sem dizer nada.
Me levantei devagar, andei até ele e mirei a arma bem no meio da testa.
Ravi: Engano é o caralho.
Você tem dez segundos pra abrir essa boca e me explicar por que vendeu sua filha.
Se não falar, eu vou te estourar aqui mesmo. Vai morrer com a boca cheia de mentira.
Ele ficou mudo. Tremia. O suor escorria da testa.
Apertei a arma contra a cabeça dele com mais força. O cano já afundava a pele.
Nada.
Destravei a arma. Mirei no chão, rente ao pé dele, e atirei.
O tiro fez ecoar o desespero.
Maurício (gritando): EU FALO! EU FALO! PELO AMOR DE DEUS! Só não me mata!
Me abaixei lentamente, sentei de frente pra ele. O encarei como quem encara um rato num canto.
Ravi: Então fala. Mas fala tudo. Quero cada detalhe da sua podridão.
Mauríc