Capítulo 11 — A porta perigosa
Narrador:
Quando o carro passou pelos portões da mansão e começou a avançar pela longa entrada, Sasha estava encostada na janela, em completo silêncio.
Ela não tinha dito uma palavra desde que saíram do cemitério, como se o retorno significasse também levantar novamente aquelas barreiras que, por um breve momento, haviam caído.
Mas antes que o carro parasse em frente ao portão principal, Sasha se virou para Aylin.
Olhou para ela com seriedade, os olhos ainda vermelhos, mas desta vez com um traço de nervosismo que Aylin nunca tinha visto nela.
— Não conte ao meu pai... — pediu em voz baixa. — Por favor.
Aylin franziu ligeiramente a testa.
— Que fomos ao cemitério?
Sasha assentiu.
— Sim. Ele não vai gostar. Nem um pouco.
Aylin hesitou por um segundo, mas acabou concordando.
— Tudo bem. Não vou dizer nada.
Sasha respirou aliviada e assentiu também, como se se sentisse segura pela primeira vez em muito tempo.
— Obrigada... de novo.
Aylin lhe dedicou um leve s