O aroma de pão fresco e frutas cítricas invadia sutilmente o salão de refeições naquela manhã. A mesa de café da manhã estava posta com a precisão quase militar de Marta, a governanta. Louças de porcelana fina, talheres de prata e taças de suco recém-espremido. Tudo impecável e silencioso como sempre.
Mas havia algo diferente no ar.
Aurora correu até a mesa com passos animados, o vestido florido balançando ao redor das pernas finas. As flores rosadas e amarelas dançavam com ela, emoldurando o sorriso que não escondia nada: era puro, era livre, era raro.
— Isa! — chamou, de pé na cadeira, acenando para o corredor.
Isabella apareceu em seguida, com um vestido leve em tons de creme, o cabelo preso em um coque solto, e os olhos ainda carregados pela noite curta. Mas ao ver Aurora, sorriu.
Um sorriso verdadeiro.
— Que princesa linda é essa sentada aí? — disse Isabella, aproximando-se com calma.
— Sou eu! — Aurora respondeu com orgulho. — E você é minha dama de companhia, tá bom?
Isabella r