— Vai, Mia, me diz de uma vez. O que é isso? – Balançou a caixinha levemente. – Seu sorriso me deu medo. Pareceu o sorriso que me deu quando disse que eu estava grávida.
— Você está grávida.
— Fale baixo.
— Ninguém pode nos escutar.
— Como é que você percebeu? Nem eu percebi.
— Eu já disse, uma grávida reconhece a outra. – Bocejou. – Que sono.
— Ah, não, você pode dormir uma outra hora. Agora, você vai me contar o que tem dentro dessa caixa para eu ficar preparada quando meu marido for ver. – A viu abrir aquele sorriso. – Estou com medo de novo.
— É um sapatinho de bebê.
A loira arregalou os olhos.
— É de crochê. E é vermelho, para dar sorte.
A loira olhou para a caixinha e depois voltou-se para a cunhada.
— Achei que você iria querer fazer uma surpresa para o Elliot.
— A surpresa é para mim.
A rosada riu.
— Se você não me conta, eu quem iria cair para trás.
— Não antes do meu irmão.
— E você ainda acha graça.
Mia voltou a rir.
— Eu só quero que seja especial