Lembranças estranhas

No dia seguinte, Chelsea pediu para Brody lhe levar para a cidade. Depois do que aconteceu à noite, ela não tinha certeza do que deveria fazer, mas tinha quase certeza de que Valerie lhe ajudaria. Ela precisava pensar um pouco antes de tomar uma decisão. E a decisão que mais parecia sábia seria pedir demissão e fingir que aquilo não era real.

Brody não recusou a carona, mas não tentou ser gentil ou conversar com ela. Ele a ignorou completamente. Quando Chelsea chegou no trabalho da amiga, esperaram até o almoço. Valerie a levou para um café. Chelsea sentou numa mesa encostada na parede, de modo que podia olhar as pessoas andando de um lado para outro. Pareciam tão confusas quanto ela, mas sua confusão estava na mente.

— Você disse que queria conversar — Valerie disse —, então, agora estou aqui. Fale de uma vez, Sea. — Ela sentou e colocou a bolsa no colo. Chelsea virou o rosto na direção de Valerie. Ela segurava o queixo com uma mão e usava a outra para misturar o açúcar e o café. —
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