Letícia Alves
Minha amiga não merecia sofrer tanto, mas eu não sei o que fazer para ajudá-la. Na verdade, não faço a menor ideia. Liguei para João, que me atendeu no primeiro toque.
— O que precisa? — Ele perguntou.
— Eu gosto de você por isso, porque toda vez que eu te ligo eu posso contar com você. — Sorri e pude sentir que ele revirou os olhos.
— Você só liga pra mim quando precisa de alguma coisa. — Ele disse.
— Ah, que calúnia! João, eu preciso de você.
— Já estou indo.
Quando ele desligou, fiquei esperando ele chegar. Estava zapeando os canais quando ouvi barulho na porta e soube que era ele, pois ainda tinha as chaves aqui de casa.
— Agora me diz, o que precisa.
Contei a ele sobre tudo que aconteceu, e João sentou no sofá completamente irritado.
— Eu disse que era pra botar ele na cadeia, mas você disse que era melhor não fazer isso. Agora olha a merda que ele fez? Tadinha da Sosso, o que ela vai fazer?
— Ela já está fazendo, deixando toda a sua comissão com o barrigudo filho