A transformação não foi escolha.

Foi inevitabilidade.

Kael lutara contra ela por dias talvez semanas, ele perdera a conta tentando desesperadamente manter a humanidade, manter o controle. Mas o vínculo silenciado, a dor insuportável, a ausência dela...

Tudo quebrou de uma vez.

Ossos estalaram. Pele rasgou. E a besta emergiu não parcialmente, não controlada, mas completa e absolutamente fora de controle.

O rugido que rasgou de sua garganta fez as próprias montanhas tremerem.

E então Kael ou o que restava dele enterrado sob escamas e fúria alçou voo.

Brathmor foi o primeiro alvo.

Ele desceu sobre a capital como tempestade de fogo e raiva, asas bloqueando o sol, sombra cobrindo ruas inteiras.

Pessoas gritaram. Correram. Soldados ergueram armas inúteis.

Kael não se importou.

Pousou no centro da praça principal, garras rachando pedras, cauda varrendo barracas de mercado. Sua cabeça massiva girou, olhos dourados e selvagens procurando, procurando, sempre procurando.

E então rugiu.

Não um