DEZESSEIS

Algo parecia diferente no dia seguinte.

Não abri os olhos para reconhecer um peso desconhecido sobre meu corpo. Era a primeira vez que isso acontecia desde que passamos a dividir a cama. Cada um tinha ciência de seu próprio espaço, mas agora isso tinha feito mudado depois do desenrolar da outra noite. Parecia uma nova atmosfera. Abri meus olhos e olhei para ela.

Seus cabelos de repousavam em meu braço e sua cabeça continuava em meu peito enquanto dormia profundamente. Nem em um milhão de anos imaginei que um dia a veria dormindo desse jeito em meus braços. Sua camisola era simples, diferente daquela que vi quando fui à sua casa. A seda foi substituída por algodão e a camisola era tão grande que parecia roupa de vovó, mas continuava linda.

Seu corpo estava grudado ao meu, mas senti a leve protuberância de sua barriga evidenciando sua gravidez. Quis por a mão em sua barriga, sentir o calor daquela pequena vida que se gerava dentro dela. Não o fiz, pois se eu a tocasse, Emma acordaria e
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