Capítulo 39: A Cura e o Perdão
As paredes cinzentas e frias da cela abafavam qualquer vestígio de esperança. A luz fraca, filtrada por uma pequena janela gradeada no alto, mal iluminava o rosto abatido de César, que permanecia encolhido em um canto, o olhar perdido em um ponto qualquer no chão. Aquele era o seu mundo agora: quatro paredes, uma cama de metal e a constante lembrança dos seus crimes.
O barulho metálico da porta abrindo o sobressaltou. Levantou os olhos, encontrando Marcos e Agnes parados no corredor, a expressão serena, mas carregada de emoção. Engoliu em seco, sentindo o estômago embrulhar. O que eles queriam? Vingança? Piedade? Ou apenas a confirmação de que ele era o monstro que todos acreditavam que ele fosse?
"O que vocês estão fazendo aqui?", perguntou César, a voz rouca e carregada de desconfiança.
Marcos deu um passo à frente, aproximando-se da cela. "Viemos te ver, César."
"Me ver? Pra quê? Pra me humilhar? Pra me lembrar do quão baixo eu cheguei?", Césa