Aurora
— Vocês precisam se acertar, Aurora. — Thales olhou-me sério. — Rubens está sendo paciente e compreensivo.
— Não é porque eu quero. Eu não tenho nada contra ele, é só que… a loba acha que aqui é o território dela.
— Sinto em contrariá-la, mas aqui é o território dele. Rubens mora aqui.
— Desculpe, ela toma conta às vezes, ainda é difícil mantê-la quieta.
— Você vai conseguir. De qualquer forma, acho que deve um pedido de desculpas para ele. Rubens foi expulso de casa.
— Eu sei. — Suspirei. Estava me sentindo a pior pessoa.
A porta da frente foi aberta e Thales segurou minha mão antes de me conduzir até a sala. Rubens nos olhou receoso, principalmente, porque Thales me manteve quase em suas costas. Agora era ele quem parecia marcar território, isso me encheu de satisfação.
— Bom dia. Alguma objeção para minha entrada em casa? — Rubens perguntou, visivelmente aborrecido.
— Aurora tem algo a dizer.
Rubens encarou-me e pude perceber seu julgamento. Ele estava certo, a loba agiu de