Aurora
Depois de um bom café da manhã, Thales me deixou em casa e achei ruim voltar.
— Aurora! — Mamãe abordou-me assim que entrei. — Estava tão preocupada. Tudo bem? — Olhou-me dos pés à cabeça.
— Estou bem, mãe. Desculpe por preocupá-la.
— Thales me manteve informada, mas a loba não deixou ninguém se aproximar, exceto ele.
— Eu até ataquei Rubens. Foi vergonhoso.
“Não foi não!”
A loba retrucou, mas ignorei. Eu precisaria ser paciente para controlar seu temperamento.
— Nós conversamos e ele entendeu. Rubens é uma boa pessoa, ele até se dispôs a ajudar. — Mamãe voltou para a poltrona e pegou sua bolsa.
— Ajudar?
— Sim, mas podemos discutir isso outra hora. Agora me conte. Como está se sentindo? O que realmente aconteceu?
Janete estava aflita. Eu a compreendia, afinal ela sempre foi protetora e por muito tempo a única, mas agora as coisas eram diferentes.
Durante a narração daqueles fatos, percebi que seu papel como protetora tinha acabado. Eu era grata por tudo o que ela tinha fei