Capítulo 40
Fênix Souza Muniz
O abraço de Akira me acalmou, mas não apagou o fogo que crescia dentro de mim. Sou sacerdotisa do fogo, e quando algo ameaça o que é meu, minha alma responde. Akira é meu. Meu esposo. Meu destino.
O almoço chegou em silêncio, como ele havia pedido. As arrumadeiras entraram com cuidado, sem olhar demais, sem falar nada. A energia da casa estava tensa, como se todos soubessem que uma tempestade de fogo poderia cair a qualquer momento.
Akira me ajudou a me acomodar, ajeitou os travesseiros atrás de mim e colocou a bandeja sobre a mesinha ao lado da cama.
— Aqui está, meu amor. Comida leve, do jeito que você gosta — disse ele, com aquele sorriso que me desmonta.
— Obrigada, meu bem — respondi, pegando sua mão. — Mas antes de comer, preciso fazer uma coisa.
Fechei os olhos por um instante. Respirei fundo. Senti o calor subir pelas minhas mãos, pelas veias, até alcançar o peito. A energia do fogo se manifestou em mim como uma brisa quente, invisível ao