14. O PRESENTE DE CASAMENTO
14. O PRESENTE DE CASAMENTO
Movida pelo instinto e o medo, corri em direção à porta. Assim que a abri, dois agentes de polícia se precipitaram em minha direção com uma energia que beirava a agressão, acusando-me de um crime que minha alma sabia que jamais cometi.
— Senhora, você está presa pelo sequestro de Ilán Makís! — anunciou um dos agentes com uma autoridade que não admitia réplica.
— Que loucura é essa, oficial? — consegui dizer —. Ilán e eu nos casamos ontem na Igreja de São Bernardino; você pode ir perguntar. Ilán, me ajude, Ilán...!
Chamava por Ilán em meio ao meu medo e desespero, esquecendo completamente que ele não poderia vir por conta própria, até que gritei:
— Espere! — disse, resistindo para não ser levada pelo robusto policial que me segurava por um braço —. Venha comigo ao quarto e meu marido lhe dirá: ele sofre de abasia e não pode andar, mas pode falar. Ilán, diga a verdade, por favor! Ilán...!
Clamava por Ilán desesperadamente ao ver como os policiais estavam