CAPÍTULO 107. FLORES PRA VOCÊ.
Três dias depois, Bruno parou o carro em frente ao condomínio de Daniella. O pôr do sol ao fundo do condomínio de Alphaville. Laerte reparou na grande portaria do local luxuoso.
- É aqui que a sua namorada mora?
- Sim, papai. É um condomínio de alto padrão mas isso não diz nada, Daniella é de boa, desencanada e humilde. Vai ver.
- Não sei, filho. Esses ricos não se misturam, são esnobes. Se tivesse me avisado, teria alugado um terno com o Santiago, o alfaiate do bairro.
- Papai, o senhor está muito bem assim, de jeans e camisa pólo. O mais importante é a sua presença.
- Vamos voltar pra casa. Esse lugar é muito chique, Bruno. Vão rir da nossa cara. Comecei a usar talheres, garfo e faca, após os dezoito anos. Se tiver lagosta e aquelas coisas gosmentas, não vou comer.
- Que coisas gosmentas, dona Ibiraci?
- Aquelas lesmas. Nem sei o nome.
- Escargot, mamãe.
Laerte e a irmã de Bruno riam, no banco traseiro. Kaylane tinha treze anos.
- Mamãe, você é uma resenha. Certeza que Daniella vai