Violeta realmente não esperava ouvir aquilo. Ela olhou para Henry com um olhar complexo, e demorou um tempo antes de finalmente falar:
— Você sabe que isso é impossível, não sabe? Aquela tragédia... Aquele acidente...
Afinal, ninguém conseguia esquecer a morte dos próprios pais.
Henry abaixou-se, ficando de joelhos diante da avó. Sua postura, normalmente firme e altiva, agora estava dobrada, como se carregasse um peso invisível.
Violeta suspirou e disse:
— Você sente culpa. Compense isso, Henry. Essa é a melhor coisa que você pode fazer por ela e por si mesmo.
Ele manteve a cabeça baixa, respondendo em um tom baixo:
— Eu sei.
Mas, no fundo, ele sabia que havia perdido o controle. No começo, tudo o que ele sentia por Scarlett era compaixão. Depois, inevitavelmente, aquilo se transformou em algo mais profundo.
Violeta suspirou novamente:
— Pelo visto, ela deve ser uma boa garota. Só isso explicaria você ter se apaixonado, né?
Henry levantou os olhos para a avó e res