Henry estava parado no escritório escuro, sua silhueta quase se fundindo à penumbra. Ele sabia exatamente o que Scarlett havia passado, e a raiva que queimava em seu peito foi acesa como uma faísca que rapidamente virou incêndio.
Alguém ousou nutrir pensamentos vis sobre a pessoa que ele protegia com tanto cuidado.
O homem de meia-idade, já apavorado, finalmente abriu a boca para implorar:
— Eu só falei besteira. Eu... Eu peço desculpas! Foi sem querer, eu juro!
Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Aqueles dois jovens claramente não eram pessoas comuns. O jeito que os homens de preto agiam, a precisão dos golpes... E aquele relógio no pulso de Henry — uma edição limitada há anos descontinuada e impossível de adquirir, mesmo com dinheiro.
O homem se arrependeu amargamente. Se soubesse que a noite terminaria assim, jamais teria saído de casa.
Henry se levantou, caminhando lentamente pelo escritório. O sorriso que curvava seus lábios era carregado de desprezo.
— Se pedir