No quarto, os dois se acomodaram na cama. Brenda, como de costume, se aninhou ao seu lado, apoiando a cabeça em seu peito. Haidar, ainda se sentindo culpado, começou a traçar círculos suaves sobre o ombro dela. Era um gesto que sempre a acalmava, e pouco a pouco, Brenda foi cedendo ao sono.Haidar fechou os olhos, deixando o cansaço físico vencê-lo, mas sua mente estava longe da paz.De repente, o sono se tornou escuro, e as imagens do passado começaram a tomar forma. Era um pesadelo, mas ao mesmo tempo, uma realidade que ele havia vivido em carne e osso.Ele se viu novamente naquela noite escura, quando tudo foi um desastre.Era uma noite chuvosa, e o céu parecia chorar com força enquanto os trovões ecoavam à distância. Haidar, de apenas dez anos, estava sentado no banco de trás do carro. Seu pequeno rosto estava iluminado pela emoção do que seria sua primeira aventura de acampamento com seu pai, Abdul. O homem dirigia com um sorriso no rosto, desfrutando da felicidade de seu filho.
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