«Obrigada, Deanna, por me acompanhares. Diverti-me imenso!»«Sim, miúda... alegro-me» — mas o seu sorriso mal se via.«Estás bem?»«Claro! Só um pouco cansada... O teu pai deve estar à nossa espera acordada.»E assim era, Daniel ficou à espera delas, queria vê-las chegar. Naomi entrou tão contente que se apressou a cumprimentá-lo e a dar-lhe um beijo antes de ir para a cama. Mas Deanna parecia estranha.«Estás bem?»«Sim... vamos dormir.»Mas a noite não lhe mudou o semblante; ela estava pensativa durante o pequeno-almoço. Enquanto a menina contava tudo o que tinha vivido na festa, ela estava calada. Daniel não precisou de muito para se dar conta de que algo lhe estava a acontecer, mas esperaria que Deanna lhe dissesse o que era. Não queria agobiá-la com perguntas.Passar o dia sozinha em casa não a ajudava. Por que é que tinha de se preocupar tanto com o que Alice lhe tinha dito? Assim a viam? Na verdade, estava a afetar Daniel? Mas ela não fazia nada, ela cuidava-se demais de propós

Às 9 em ponto, Daniel parou em frente ao quarto 706. Isto era inusual. Ele tinha as suas dúvidas a respeito; sabia o que ela tramava e, embora estivesse mais do que entusiasmado com a ideia, os seus problemas não se resolveriam assim. Ele bateu e, quando não recebeu resposta, usou a sua própria chave para entrar.O quarto estava tépido e na penumbra, como se não houvesse ninguém. Deanna saiu do quarto contíguo e Daniel deixou de respirar por um momento. Ela levava vestido uma longa camisola de cetim branco com uma abertura que ia da sua anca até os pés e um decote que deixava pouco à imaginação. Estava descalça, com o cabelo solto, mas o seu rosto parecia diferente.Ela estava zangada ainda; os seus olhos refletiam-no. Ela observou-o um momento antes de caminhar e parar em frente a ele. Quando a teve perto, ele não pôde evitar que os seus olhos viajassem por toda a extensão do seu corpo. Ele conhecia o que havia por baixo, mas ela não deixava de o surpreender e excitá-lo sempre. Deanna

O dia estava chuvoso, húmido e um pouco frio. Deanna regressava de buscar as crianças à escola quando recebeu uma mensagem no seu telefone.«Olá, Deanna. Como estás? Há dias que não falamos. Vem ao apartamento tomar um café.»Era Laura.«Laura! Eu adoraria, mas Daniel está fora da cidade e eu fiquei sozinha com as crianças. Por que é que não vens a casa?»E Laura foi, apesar da chuva. Chegou pálida, com o rosto triste e com dificuldade para caminhar. Deanna apressou-se a recebê-la.Enquanto as crianças estavam cada uma no seu, elas sentaram-se com um chá na cozinha. Na verdade, o ventre de Laura tinha crescido bastante em pouco tempo.«Eu lamento ter-te tirado das tuas coisas, Dean, mas na verdade eu queria falar com alguém.»«De modo nenhum, obrigada por teres vindo apesar do dia... O que é que se passa?»Laura pegou no ventre com ambas as mãos, como costumava fazer antes de falar de Harry.«Não sei o que fazer, Deanna, ou a quem mais recorrer... Eu sinto-me cada vez mais triste e ca

Ele não foi ao escritório nessa manhã. Sentia-se culpado por não ter estado quando Camila a atacou e porque ela continuava a ser o alvo de todos na sua família; Deanna estava a converter-se no saco de boxe dos Crusher. Ele fez com que a sua mãe e o seu irmão fossem a casa, ia pôr fim a isso.Camila chegou com uma atitude altiva, não daria o braço a torcer perante o seu filho. Harry, por outra parte, só sentia remorso. Quando ouviu de Susan o que Camila tinha feito à Dean, quis sair a correr para a ver, mas a sua irmã deteve-o; só ganharia mais problemas.«Isto tem que terminar, e tem que terminar agora», começou Daniel, a tentar manter-se sereno.«Eu disse-te para não te casares com ela, Daniel!»«Esse tema está concluído, mamã, não vou discuti-lo de novo contigo. Deanna é minha esposa e começarás a tratá-la com respeito. Não me interessa se não gostas dela, não me interessa o que pensas dela; a partir de agora, todos esses embates contra ela vão parar.»«Por acaso não viste a fotogra

Pela noite, Marcus ligou a Leonard para lhe dar pessoalmente as boas novas.«Crusher falou-me esta tarde, a sua esposa está disposta a vir ao Teatro.»«Fantástico, Marcus! Garanto-te que não te arrependerás; a jovenzinha tem uma verdadeira mina de ouro na garganta.»«Posso pedir-te que não tragas as tuas loucuras para o meu Teatro? Da última vez tive que remontar todo o elenco da peça pelas tuas aventuras.»«Não te preocupes, Marcus. Desta vez o meu interesse é genuíno. Essa mulher vale todos os problemas; não será uma aventura... Eu tenho toda a intenção de tirar-lha a Crusher e declará-la o meu território. Acho que é hora de eu assentar.»Marcus riu-se às gargalhadas.«Tu deves estar louco para pensar assim, Leonard. Daniel vai comer-te vivo, tu sabes. E no caso de a conseguires, o que é que farás com Alice?»«Divorciar-me, por suposto.»«Vá, Reed! Tu surpreendes-me... Nunca tinhas perdido a cabeça por uma das tuas aventuras. Deixar Alice? Vá!»Ele mesmo estava surpreendido; ao prin