Harry e Ethan se lhe pararam detrás. As caras sombrias com uma expressão de cão a ponto de morder. Quando o sorriso de Susan se fez maior, Leonard notou que não o estava a olhar a ele e se virou.Os dois puxaram os ombros para trás como a querer empertigar-se.«Que?» Lhes perguntou com tom desafiante.Harry deu um passo.«Vais te casar com a minha irmã?»«Que não viste?» Lhe respondeu a assinalar o anel.«É a minha tia» Acrescentou Ethan a dar um passo também.«E o que faço? Solto os balões?»Queriam o amedrontar? A sério? O bobo e o rapaz? O tivesse esperado de Daniel, até de Charles, mas não destes dois.«Convém-te o fazer bem» lhe disse Harry.«HÁ!»«Somos dois e juntos temos a metade dos teus anos» Apontou Ethan.«Serei o teu tio e o teu meio avô, pirralho, não me assustas» Respondeu divertido.Essa definição confundiu um pouco a Ethan e o deixou a pensar.«Segues a ser um esquisito, meio avô, é a minha irmã e é maravilhosa. Tem-no presente» O correu Harry.«Não me assustas tampou

A proposta de casamento de Leonard a Susan pôs a Harry numa encruzilhada. Ele não tinha pressões de Amanda para formalizar a relação, nunca lhe havia dito nada ao respeito, e, no entanto, sentia que, todavia, devia cumprir com isso. Não se sentia seguro.Daniel e Harry haviam voltado a restabelecer a sua relação de irmãos logo de que as coisas se acomodassem para tudo, mas sobretudo para Harry. Atrás haviam ficado os olhares esquivos e as palavras ocas. Pouco a pouco, os irmãos voltaram a se encontrar.«O que te sucede?» Lhe perguntou Daniel.Essa tarde, haviam saído de uma dessas juntas com acionistas que ambos odiavam.«Nada…»«Não me parece»Harry o pensou um momento antes de lhe perguntar.«Como soubeste que querias te casar com Emily? Como o soubeste com Deanna?»Assim que disso se tratava. Daniel se acomodou na sua cadeira e meio sorriu. Seguia a ser um menino depois de tudo.«Com Emily o soube enquanto a vi. Não sei como, simplesmente foi o que senti. Com Deanna o processo foi

Harry golpeava os seus dedos sobre a mesa a seguir uma melodia inventada. Logo de que Ryan nascesse, o velho apartamento de Amanda lhes ficava pequeno e por fim pôde a convencer de se mudar para uma casa. Uma muito bonita, com todos os quartos que precisavam e um pequeno jardim na parte traseira. Ali veria aos seus filhos e à sua família crescer.Mas ele seguia a pensar nessa conversação com Daniel e se seguia a fazer a mesma pergunta. Não tinha dúvidas do lugar que ocupava Amanda ao seu lado, isso não estava em discussão, o problema eram essas feridas que às vezes saíam à superfície e não podia se sacudir do todo.O que o detinha? A sua mulher não era nada parecida com Laura, Emma tinha uma mãe que a amava e lhe havia dado outro formoso filho. Planeava regressar ao trabalho nuns meses, ainda que não o precisasse mais; ela queria manter a sua independência económica e, ademais, lhe encantava. Que mais podia querer?Mas não se tratava de nada que tivesse que ver com Amanda, senão com e

Antes de se meter na cama, se olhou no espelho do burô; “Definitivamente não voltarei a recuperar a cintura”, pensou. Estava por se cobrir com os lençóis quando as vibrações se fizeram contínuas; já não era uma mensagem, era uma chamada.A aborreceu ¿A essa hora podiam ligar para oferecer um serviço? Mas de todas as maneiras respondeu.«OlừDeanna?»«Quem fala?»«Deanna! Não estava seguro de que continuarias com o mesmo número. Sou eu, Frank»«É? Frank?»«Sim, como tens estado? Lamento te incomodar a esta hora… Regressei à cidade por uns dias e pensei… Queria saber se te interessaria tomarmos um café… Passou muito desde a última vez que nós vimos»Não sabia que estava casada? Seguramente sim, muitos dos seus colegas a haviam ajudado a preparar a surpresa para Harry e Laura no dia do casamento, para o batismo de Emma e para o seu último aniversário. O que queria? Estava tão confusa como surpreendida.«Um café?»«Claro, se quiseres… Sei que não terminamos nada bem e bom… Só gostaria d

E se havia alguém nessa família que podia dar cátedra de paciência infinita e de confiança, esse era Charles J. Crusher. O velho patriarca, se havia retirado fazia bastante para lhe passar as obrigações do negócio ao seu filho maior e agora olhava expectante como a vida decorria para todos. Sabia que tarde ou cedo, Daniel terminaria a ocupar o seu lugar como cabeça da família.Ainda que Charles era o pilar fundador, Camila era a base onde esse pilar se sustentava e se erguia. Via o reflexo de ambos em Deanna e o seu filho; como a sua nora afiançava o seu amor e formavam uma nova família. Ele o soube nem bem a conheceu, que essa jovem de olhar determinado, mas cálido, seria a salvação de Daniel e lhe espantaria a tristeza. Não se equivocou; viu como essa generosidade inata em Deanna não só curava as feridas do passado do seu filho, senão que também lhe dava uma razão para seguir adiante, para construir algo mais além dos negócios e o êxito material.Como podia o saber? Porque Deanna ti