LÍVIA Quando a mensagem chegou, eram sete da manhã. Eu tinha acabado de acordar, ainda estava deitada na cama, checando o celular distraidamente quando vi. Dante: Precisamos conversar. Meu coração parou. Por um segundo, apenas encarei a tela, sem acreditar. Depois de três semanas de silêncio. Depois de ontem à noite, quando o confrontei e ele ficou ali, paralisado, sem dizer nada. Ele tinha me mandado mensagem. Ele queria conversar. Meus dedos tremiam quando digitei a resposta. Tentei soar calma, controlada. Mas por dentro, era um caos. Quando ele mandou o horário — três da tarde — e eu confirmei, joguei o celular na cama e enterrei o rosto no travesseiro. E pela primeira vez em
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