Julieta subia as escadas em silêncio, os passos leves ecoando sobre o piso de mármore. Natália a seguia, tentando absorver cada detalhe ao redor: os corredores largos, forrados por tapetes persas de cores vivas; os móveis de madeira nobre, entalhados com delicadeza; e os imensos arranjos de flores, espalhando perfume pelo ar.Pararam diante de uma porta dupla em tom claro, com puxadores dourados. A jovem criada abriu as portas, revelando um quarto que mais parecia saído de uma revista de decoração.Natália parou na soleira, sem conseguir avançar de imediato.O ambiente era imenso, iluminado por amplas janelas que davam vista para os campos intermináveis. Cortinas de seda bege, pesadas e longas, deslizavam até o chão, suavemente agitadas pela brisa da manhã. No centro, uma cama enorme, de dossel esculpido em madeira escura, estava coberta por colchas acetinadas e dezenas de travesseiros dispostos com perfeição.Um lustre de cristal pendia do teto, refletindo o brilho do sol em pequenos
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