A luz da manhã em Manhattan sempre teve um tom frio, quase prateado, mas nesta manhã, essa frieza habitual foi filtrada pelo calor da suíte e pelo peso familiar nos lençóis. Acordei primeiro, uma anomalia em minha vida, onde o sono sempre havia sido o inimigo da ambição. Olhei para a esquerda: Susan, com os cabelos cor de ébano espalhados no travesseiro, um semblante de paz. Olhei para a direita: Ethan, a expressão de comando relaxada, o braço forte ainda me prendendo à sua lateral. O anel no meu dedo estava frio, mas a pele sob ele queimava com a lembrança da noite anterior. Não era apenas a paixão; era a propriedade. Levantei-me sem fazer barulho. O mármore do banheiro estava gelado sob meus pés, um lembrete sutil de que, mesmo no paraíso, a realidade aguardava. Quando voltei, vestindo apenas um roupão de seda de Ethan, encontrei Susan e Ethan despertos, sentados na cama, observando a vista. Eles me encararam com uma aprovação silenciosa. "Você dormiu bem?" Ethan perguntou, a v
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