De um jeito inesperado seus lábios tomam os meus interrompendo minhas falas. Num beijo possessivo, firme, violento, tanto que entorpece todos os meus pensamentos. Suas mãos começam a deslizar intensamente pelo meu corpo me tocando nos lugares sensíveis. Ele sabe muito bem o que me agrada. Ele sabe que isso me faz querê-lo mais e mais.Começamos uma maratona de beijos, de toques, gemidos e sensações. Como um louco Hassan me puxa para ele e faz eu me sentar sobre ele enquanto ele beija os vãos dos meus seios. Centímetro por centímetro sou preenchida por Hassan. Sem pressa ele entra dentro de mim. Fecho os olhos sem poder conter o gemido de prazer quando ele está inteiro dentro de mim.Beijando-me, Hassan gira seu corpo sem nos desencaixarmos e segurando na banheira começa a se mexer de um jeito firme e envolvente. Cada investida é alucinante. A sensação maravilhosa me faz gemer ruidosamente enquanto mais água cai para fora da hidro.Beijando-me, ele aumenta o ritmo roubando meu fôlego.

—Quanto tempo ficaremos aqui? —Pergunto com medo da resposta.—Para sempre. Aqui será o nosso lar agora. Aqui será nosso país.Eu começo a me sentir mal e, sufocada, arranco o lenço com raiva.Mas que merda!Ele manipulou a situação outra vez! O carro para em frente a uma varanda gigantesca, todas as suas entradas em arcos. Estou ofegante com meu nervosismo. Fecho os olhos me sentindo dentro de um pesadelo.—Coloque o lenço. —Hassan pede de um jeito austero.—Eu não vou colocar lenço nenhum! —digo irada, irritada, sem olhar para ele.Hassan pega meu queixo e força a encará-lo.—Coloque. O. Lenço. —Hassan grunhi e me solta.Os olhos dele são tão gélidos que me fazem obedecê-lo. Com raiva coloco novamente o lenço nos cabelos, dando-me conta que ele jamais me dirigiu um olhar desse antes.—Como eu disse, aqui as coisas são diferentes. Serei o futuro Sheik de Sunar e você irá me respeitar. Você deve me honrar. Tudo que tiver que me dizer será na privacidade do nosso quarto.Deus! Diga qu

—Para eu te perdoar você precisa confessar que errou.A respiração de Hassan se agita. Seu olhar perspicaz como o de uma águia se tornam frios sobre os meus.—Eu não vou confessar algo que não sinto. Se tivesse um máquina do tempo e voltássemos ao passado, eu repetiria minhas ações novamente. Eu faria de tudo para tê-la.Reparo no seu timbre determinado, duro, natural de um homem que está acostumado a ter o que quer. Ele será Sheik. Como poderia ser diferente?—Então continuará me enganando?Hassan rindo avança na minha direção.Ele acha graça nisso?—Não seja dramática, habibi. Não há mais nada a esconder de você. Está satisfeita?Eu respiro fundo e não digo nada. Quero rir de desgosto. Ele continua avançando enquanto fala:—Vem, habibi. Vamos jantar. São quase seis horas da tarde. Aqui as refeições seguem os horários certos. Não está com fome?Eu dou um passo para trás.—E se eu não quiser comer agora?—Anna. Por que complica as coisas?—Responda-me!—Poderá ir até a cozinha e pedi

Embora a cama seja, gigante, macia, maravilhosa —nunca me deitei numa cama tão confortável em toda a minha vida— eu acordo sobressaltada no meio da noite por causa de um sonho perturbador: Eu me vi no meio do deserto sozinha ao longe uma tempestade de areia se aproximava pronta a me engolir. Eu tentava me afastar dela, correr o mais depressa possível, mas meus esforços eram inúteis. Minhas pernas afundavam na areia quente e não conseguia me afastar dela.Solto o ar lentamente tentando afastar as imagens da minha impotência presa na areia escaldante do deserto. Quando puxo o ar novamente sinto o cheiro da essência e especiarias que sai do bukhur, fazendo com que minha sensação de tristeza aumente e eu me sinta ainda mais longe de casa. Quase choro de extrema frustração, resmungando, giro minha cabeça e foco o relógio digital em cima do grande criado-mudo. Quatro horas da manhã.Acerto meu travesseiro com raiva e choro silenciosamente.Por que ele não podia ser perfeito?Estávamos tão f

Hassan—Allah! Meu filho me apunhalou pelas costas.—Baba, não diga isso, por favor. Não foi algo que planejei. Eu me apaixonei e me casei. Foi isso que ocorreu.Meu pai me olha com sangue nos olhos:—Isso é traição Hassan. Não ameniza o que você fez.—Se eu lhe contasse o meu desejo de me casar com uma estrangeira, o senhor aprovaria?—Não! —ele esbraveja. —Nunca na história dos Sheiks de Sunar houve miscigenação. Como eu aprovaria algo que vai contra os costumes? Nossas tradições? Você sabe muito bem que a mescla não é bem-vinda. Ela é vista como ameaça.—Eis aí sua resposta. Isso explica a minha atitude.Meu pai solta um palavrão, isso demonstra o quanto ele está nervoso.—Você será o futuro sheik de Sunar. Todos os olhos estão postados em você. Sua atitude nos colocou na mira dos insatisfeitos! É isso que você fez! Seu futuro reinado será alvo das más línguas e está ameaçado.Eu solto o ar me sentindo amargurado, mas continuo o encarando com o olhar firme, determinado:—Eu entendo