Giovanni SorrentinoPosso ter sido um vadio antes do meu casamento com a Neide. Mas aprendi com a psicóloga que, mesmo depois da morte, ainda habita o meu coração e minha mente. Que é necessário ser cuidadoso, seja lá com quem for no sexo.Depois de ver seus seios totalmente marcados por queimaduras de cigarros, olho com atenção para sua barriga e me apresso a retirar a calça que ela estava usando. Minhas mãos se encaixam entre o tecido que a cobria e a sua pele. Começo a puxar a calça, retirando-a do seu corpo lentamente, causando em nós dois uma expectativa que me deixa ensandecido.Dois anos mergulhados na tristeza pela perda da minha esposa e essa é a primeira vez que me permito sentir o que está acontecendo entre mim e essa garota.Acredito que a diferença de idade entre nós dois deva ser algo entre uns doze anos, já que não tenho certeza da idade que ela tem.— Não serei um canalha com você… — murmuro quando a vejo tentando se esconder do meu olhar.Observo o tecido que cobria a

Ciara CarrollQuantas coisas aconteceram somente hoje.Minha vida deu um giro de trezentos e sessenta graus. Acordei em uma caixa sendo transportada para outro prostíbulo, acreditei que seria usada por um outro mafioso depois que fui resgatada. Fui acolhida pelas mulheres dessa família. Um garotinho lindo e carente se apaixonou por mim.E para finalizar a noite, o pai desse garotinho aparentemente me fará sua esposa para fugir de um casamento arranjado pelo irmão e talvez pensando que será bem mais fácil em me ter ao seu lado já que seu pequeno bebê se apegou a mim.— O que houve, bebê lindo… — o pego no berço.Salvatore estava sentado com os olhos fechados e chorando, como se sentisse falta de alguma coisa. O agarrei em meu colo, devolvi a sua chupeta à boca e peguei a sua manta.— Precisa dormir, lindinho, já é tarde! — disse enquanto balançava de um lado para outro em meus braços.Sorrio ao pensar o quão prazeroso foi fazer sexo com Giovanni, que eu não estava tão quebrada como sem

Giovanni SorrentinoNão sou um homem que faça as coisas às pressas, mas ouvir meu irmão dizer que já tem uma possível noiva fez com que tomasse uma decisão impulsiva. Não quero perder Ciara de vista, talvez nunca mais encontre alguém que causou reações em meu corpo como ela.Olhava para ela, que parecia totalmente perdida.Como se tudo o que está acontecendo em sua vida já não fosse o suficiente para deixá-la completamente atordoada.Meu olhar vai até a minha mãe, que entende que estava ali pedindo uma pequena ajuda para tirar Ciara da surpresa que ela estava.— Você aceita Ciara? — Ela olha da minha mãe para mim.E então encontra com o olhar inquisidor de Francesco, que tenho certeza de que deve estar se divertindo com o rebuliço que estava fazendo em minha vida.— Não! — Congelo ao ouvir a sua voz firme e volto a olhar para ele.— Não? Por quê?O silêncio começa a incomodar enquanto a espero encontrar as palavras certas para dizer naquele momento.— Por tantas razões e você não vê i

Ciara CarrollTrês meses se passaram desde que entrei na vida de Gio e Salvatore. Os primeiros dias aqui em Pietraluna foram complicados, tive momentos tensos e dolorosos, mas ele estava ali me ajudando e cuidando de tudo.Giovanni tem cuidado de tudo para não ter nenhum tipo de recaída e Salvatore tem sido a peça mais importante da minha recuperação. Ele é uma criança adorável e desde o começo desse mês ele passou a me chamar de mãe.Tentei impedir, mesmo gostando de ouvi-lo dizer essa pequena palavra. Mas no fim, acabei cedendo sabendo que é isso que ele sempre precisou.E para a minha surpresa, quatro dias depois de nossa chegada, a família toda estava aqui para comemorar o meu aniversário. Foi um dia de recomeço e naquele momento entendi que era preciso esquecer o que passei no último ano para não enlouquecer.Precisava deixar aquilo no passado.Foi um dos conselhos de minha então sogra, que me olha sempre com muito carinho quando vem até aqui.— Ciara? — ouço a sua voz gentil.—