Clara foi para o quarto descansar. A cabeça ainda doía e o calor não ajudava. No lugar de sono, vieram pensamentos, e todos eles pesados, trágicos. Pensou no que teve com Maurício como uma aventura e estava prestes a chegar ao fim. Ela respirou fundo. Não queria conversar com Maurício antes do jantar, não no dia de Joyce. Se fosse pra se entristecer, que fosse depois. Quando Clara desceu, esperavam apenas a aniversariante que chegou logo em seguida radiante. O grupo seguiu para o restaurante mexicano que Joyce havia escolhido. A noite foi leve: risadas, histórias e, no final, mariachis cantando parabéns enquanto Pietra, rindo, roubava um selinho da noiva. As duas eram bonitas juntas, e a felicidade das duas contagiava os amigos. Na volta, a noite estava mais fresca, mas dentro dela havia um calor incômodo, do tipo que vem da ansiedade. Maurício, que dirigia, parecia também buscar coragem. — Eu queria começar dizendo... que em momento nenhum tentei me aproveitar porque você t
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