POV MISA Eu era o único, naquele mar de suspiros e celulares erguidos, que só queria uma saída. Qualquer porta. Qualquer janela. Qualquer corredor que me poupasse de ouvir a palavra que, mais cedo ou mais tarde, eu sabia que viria da boca da Margo. O “sim” dela. Sabia que um dia aconteceria. Só não imaginei que seria assim na minha frente.A família dos dois brilhava de orgulho, uma moldura perfeita para a cena. E, no meio do quadro, os gêmeos — meus filhos — recebendo elogios como “os filhos deles”. Dói num lugar que não tem anestesia. Ver o Mathew erguer a Becah, beijar o Liam, rir com aquele jeito de quem tem o mundo sob controle… É como se cada gesto dele me empurrasse para fora de um filme que, no fundo, sempre foi o meu. Eu sei que ele é um bom cara. Sei que, para a Margo, ele é um porto. E, ainda assim, tudo em mim quer cruzar o gramado, tirar as crianças dali e correr.Respiro, ajusto a gravata que me estrangula desde a primeira taça de espumante, e começo a abrir caminho ent
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