Capítulo 22 – Movimentos de GuerraA cidade estava envolta em uma névoa silenciosa, e o apartamento improvisado de Helena se tornava um verdadeiro quartel-general estratégico. Cada detalhe observado, cada movimento registrado: tudo era calculado com precisão. Helena sabia que os próximos passos precisavam ser ousados, mas perfeitos. Fernando Ribeiro estava começando a sentir a pressão e sua confiança oscilava a cada erro, mas ainda era astuto e perigoso. Ricardo, por outro lado, ainda contido fisicamente, tornava-se um instrumento de caos em potencial — uma variável imprevisível que podia acelerar a queda do político se bem usada.Helena reuniu Beatriz, Sílvia e Cláudia para discutir o plano. — Fernando está começando a agir precipitadamente — explicou Helena, mostrando mapas e registros de comunicações — Ele não percebe, mas cada decisão errada nos aproxima do objetivo. Ricardo, por outro lado, pode ser usado para gerar desconfiança dentro da rede dele. Mas precisamos ser cuidadosa

Capítulo 24 – Verdades Sangrentas O apartamento estava mergulhado em silêncio, quebrado apenas pelo som do clique do mouse. Helena percorria arquivos antigos, mensagens interceptadas e registros recuperados de aliados e dispositivos de Daniel e Fernando. Cada detalhe parecia uma peça solta, mas ela sabia que tudo estava conectado. Enquanto analisava conversas criptografadas, Helena encontrou algo que a fez prender a respiração. Mensagens e registros de localização mostravam claramente que Fernando estivera no mesmo local e na mesma hora em que sua amiga Renata morreu, coordenando o acidente que até então parecia um simples infortúnio. Mais do que isso, vídeos de câmeras de segurança, recebidos de uma fonte anônima, mostravam Fernando discutindo o plano com um de seus aliados dias antes da morte de Renata. Helena sentiu um nó se formar na garganta. A raiva misturada à dor tornou cada segundo mais intenso. Tudo fazia sentido agora: as ameaças veladas, os obstáculos que apareceram du

Capítulo 26 – Sangue e VerdadeA madrugada estava silenciosa, mas carregada de tensão. Helena caminhava rapidamente pelas ruas desertas, consciente de que Fernando havia descoberto que seria exposto e não hesitaria em recorrer à violência. Ela sabia que estava sendo seguida, mas não podia parar; cada passo era crucial para entregar a verdade.De repente, uma sombra emergiu da escuridão. Um homem vestido de negro avançou com rapidez mortal. Helena percebeu tarde demais: era o assassino que havia matado Renata, enviado por Fernando para garantir que ninguém sobrevivesse para revelar seus crimes. Um golpe certeiro atingiu seu ombro, a dor explodiu em seu corpo, e ela caiu ao chão, tonta e ferida.O sangue escorria pelo rosto e pelas mãos, e o mundo parecia girar. Helena tentou reagir, mas o ataque foi preciso demais. O assassino se preparava para desferir outro golpe quando o som de passos firmes cortou o silêncio da madrugada. Um detetive surgiu, arma em punho, avançando com rapidez e p

Capítulo 28 – Olhos na VerdadeO quarto do hospital estava iluminado apenas pela luz fraca da manhã que atravessava as cortinas. Helena estava deitada, ainda marcada pelos ferimentos, mas seu olhar estava firme e atento. Cada som do monitor cardíaco, cada batida de seu próprio coração lembrava-a da vulnerabilidade física, mas também da força que ainda tinha.Ao seu lado, Miguel permanecia atento, sentado em uma cadeira rígida, com expressão séria, mas cheia de cuidado. Ele não era apenas seu protetor físico, mas também o apoio emocional que Helena precisava naquele momento. Durante toda a noite, ele havia ficado ao lado dela, garantindo que não ficasse sozinha, oferecendo palavras de força e orientação silenciosa.— Você está bem? — Miguel perguntou, quebrando o silêncio, com uma voz calma, mas firme. — Estou — respondeu Helena, respirando fundo, apoiando-se na consciência de que havia sobrevivido — Mas preciso ver se tudo deu certo.Miguel acenou com a cabeça, compreendendo o que el

Capítulo 30 – Entre a Força e o CoraçãoO quarto do hospital estava tranquilo, iluminado apenas pela luz suave da tarde que entrava pelas cortinas. Helena ainda se recuperava de seus ferimentos, mas a tensão dos últimos dias começava a ceder, dando espaço para um momento de alívio.Miguel estava ao lado dela, como sempre, atento a cada sinal. Não era apenas o detetive que a havia salvado de um ataque mortal; ele era o pilar que sustentava sua força emocional. Durante semanas, sua presença constante tinha sido mais que proteção: era segurança, confiança e, aos poucos, algo mais profundo que Helena começou a perceber.— Você está melhor hoje — disse Miguel, com um sorriso discreto, tentando não revelar o quanto também estava aliviado. — Estou — respondeu Helena, ainda deitada, mas com os olhos brilhando. — E eu devo muito a você… mais do que posso explicar.Miguel se aproximou da cama, acomodando uma almofada atrás das costas dela. Cada gesto dele, cuidadoso e atento, fazia o coração