Havia se passado dois meses desde que Lára foi expulsa, e ninguém teve mais notícias dela. Cristina estava mais calma e tranquila; porém, ela estava com muito sono e cansada. No entanto, ela vinha sentindo algumas náuseas e não deu importância. Sempre que ela comia alguma coisa, ia correndo para o banheiro sem que ninguém percebesse, e seu corpo também havia mudado; ela tinha emagrecido e achou estranho.Assim que chegou do trabalho se separou com a casa estava cheia de risadas e alegria. Cristina, cansada mas feliz, sentou-se no chão com os gêmeos no colo. Lorena se enroscava em seu braço, e Lucas batia levemente em sua perna, rindo. Mariana ajudava a organizar os lanches, enquanto Núbia, Luana, Matteo e Henrique conversavam animadamente no sofá, trocando histórias e lembranças do dia.O ambiente estava leve, cheio de calor familiar, e Cristina sentia uma paz que há meses não experimentava. Ela brincava com as crianças, fazendo caretas e gestos engraçados, provocando risadas contagia

Durante aquele momento de paz e alegria, senti algo estranho. Um enjoo súbito que tentei ignorar, fingindo que nada estava acontecendo. Já fazia um mês que vinha me sentindo estranha, mas achei que fosse apenas cansaço ou estresse.Dei um beijo em Alessandro, tentando sorrir, e fui ao banheiro para lavar o rosto. Mas assim que entrei, não consegui mais segurar e vomitei. Meu corpo se sentia fraco, e a preocupação começou a tomar conta de mim.Decidi então tomar um banho, pensando que talvez fosse apenas o estresse acumulado do dia. Enquanto a água morna caía sobre mim, minha mente começou a raciocinar. Um detalhe me veio à lembrança: meu ciclo menstrual estava atrasado. O pânico tomou conta do meu peito.Saí do banho com o coração acelerado, ainda tentando controlar o medo e a ansiedade. Coloquei uma roupa confortável, sentindo cada segundo de hesitação, sem saber exatamente o que esperar. Meu corpo e minha mente insistiam em sinalizar que algo estava mudando, algo que poderia transfo

Não conseguia mais prestar atenção nas conversas na sala. Algo me intrigava: Cristina e sua mãe haviam sumido de repente, e isso mexeu comigo de um jeito que eu não conseguia ignorar.Após alguns minutos de espera e inquietação, percebi que Augusto também estava tenso, como se sentisse que algo não estava certo. Respirei fundo e me levantei de repente, decidido a descobrir o que estava acontecendo.Caminhei rapidamente até o quarto de Cristina, o coração acelerado. Quando cheguei à porta, notei que estava fechada. Um frio percorreu minha espinha, e eu franzi a testa, tentando entender a situação.Augusto apareceu logo atrás de mim, com os olhos igualmente preocupados. A porta trancada aumentava a sensação de urgência. Meu instinto dizia que algo importante estava acontecendo, algo que não podia esperar.— Cristina… está tudo bem aí dentro? — chamei, a voz firme, mas carregada de preocupação.Fiquei parado por alguns segundos, esperando qualquer resposta, tentando me preparar para o qu

Alessandro não perdeu tempo depois da notícia da gravidez e logo marcou uma consulta com a especialista de confiança para cuidar de Cristina e do bebê. Ele ainda não acreditava que isso estava acontecendo; ele queria estar sempre ao lado dela, mas com a rotina dos dois, ficava difícil.O consultório estava iluminado e tranquilo. Cristina sentou-se na cadeira, ainda um pouco nervosa, enquanto Alessandro permanecia ao seu lado, segurando sua mão com firmeza, transmitindo segurança e carinho.A Dra. Ana entrou sorridente, cumprimentando o casal. Explicou detalhadamente cada etapa da consulta, passando orientações sobre a gestação, os cuidados com a alimentação, a prática de exercícios leves e a importância das vitaminas e exames periódicos.Alessandro ouvia atentamente, fazendo perguntas sempre que surgia alguma dúvida. Queria entender cada detalhe, desde o desenvolvimento do bebê até a melhor forma de apoiar Cristina durante a gestação. Sua preocupação e dedicação eram evidentes, e Cris

A semana de Cristina começou em ritmo acelerado. Ela havia se dedicado intensamente nos últimos meses e, finalmente, duas obras de grande porte estavam concluídas. A primeira entrega seria de um conjunto de casas populares, um projeto que ela tinha abraçado com o coração, e a segunda de uma residência de alto padrão que chamava atenção pela modernidade e detalhes sofisticados.Juninho estava sempre ao lado dela, acompanhando cada detalhe com olhar atento. Era quase como um braço direito: resolvia imprevistos, conversava com fornecedores e, quando necessário, até acalmava clientes ansiosos.Na manhã da primeira entrega, Cristina se levantou cedo, já com a agenda cheia. No carro, enquanto revisava alguns papéis, ouviu Juninho comentar:— Cristina, você percebeu que essas entregas são mais que obras? São sonhos. Hoje muita gente vai realizar um sonho graças ao seu trabalho.Ela sorriu emocionada, respirando fundo.— É isso que me move, Juninho. Não são só paredes, é a vida que vai aconte