Cap 20. Quando ele perde o controle.
As pessoas no corredor pararam em volta para ver. Enfermeiras gritaram. Alguém deixou uma bandeja cair. Alan, que passava, jogou a prancheta no chão e correu. — Que isso... Marcelo?— gritou enquanto tentava passar pelas pessoas. — Chamem o segurança...— falou uma voz histérica ao fundo. Marcelo nem virou o rosto. — Podem chamar a segurança, a polícia ou o Papa, se quiserem. — a voz saiu alta, firme, carregada de perigo e ameaça. — Mas ninguém vai me impedir de acabar com esse cara. Caio estava no chão, atordoado, uma das mãos pressionando o rosto, os dedos já sujos de sangue. — Porra, Marcelo! — cuspiu, tentando rir mesmo com a voz falhando. — Ficou louco? Marcelo se colocou de pé sobre ele. O punho ainda fechado, a respiração pesada, os olhos frios. Não havia pressa. Nem dúvida. — Louco? — ele riu, sem humor algum. — Você não faz ideia do que é me ver louco. Alan avançou rápido e empurrou Marcelo alguns passos para trás. — Se acalma, cara. — pediu, tenso, tentando
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