EthanAinda sentia a pele dela grudada na minha. O cheiro do sexo, o calor, a respiração descompassada ecoando no quarto. Diana estava deitada na cama, os cabelos bagunçados pelo travesseiro, com aquele sorriso preguiçoso que me fazia querer esquecer do mundo inteiro e continuar ali para sempre.Eu tinha acabado de sair de dentro dela. Estava sem camisa, e só vesti a calça porque a campainha tinha tocado. Maldita hora para alguém aparecer. Quem infernos estaria batendo na minha porta depois de uma manhã como aquela?Peguei a camiseta jogada no chão, passei rápido pelo peito e segui para a sala, ainda ajeitando a camisa. Senti o corpo vibrar de frustração. Não queria sair daquela cama, não depois da forma como ela tinha me olhado minutos atrás, me dizendo sem palavras que era minha. Só minha.A campainha tocou de novo, insistente. Respirei fundo, fechei os olhos e girei a maçaneta.Quando vi quem estava do outro lado, minha expressão mudou na hora.— Nolan?!O sorriso dele foi como um

MerediteCruzei as pernas lentamente, deixando o salto agulha reluzente balançar no ar, enquanto apoiei o braço no encosto de couro branco da minha poltrona italiana. Sentia o toque frio da taça de vinho na minha mão, um Cabernet Sauvignon importado, safra rara. O cristal brilhava sob a luz dourada do meu lustre Baccarat. A sala inteira parecia feita para refletir poder. E era exatamente para isso que existia.O tapete persa estendia-se sob os meus pés impecáveis, a lareira de mármore ardia com chamas perfeitas mesmo sem necessidade — porque luxo não precisava de lógica, precisava de impacto. À minha frente, uma parede inteira de vidro exibia a cidade iluminada. O céu noturno se misturava às luzes dos prédios como se o mundo estivesse ajoelhado aos meus pés.Suspirei, relaxando contra a poltrona, enquanto sentia o vinho deslizar encorpado pela minha língua. Nada me dava mais prazer do que essa sensação: controle absoluto. Era isso que movia o mundo. Não amor, não paixão, não dinheiro.

DianaEu estava no meio da rua de novo. Sempre no mesmo lugar. Sempre com o mesmo peso no peito.O céu estava cinza, carregado, como se estivesse prestes a chover. Tudo ao meu redor parecia morto, sem vida. Nenhuma pessoa, nenhum som. Apenas eu, com uma sacola na mão. Não sei o que tem dentro, nunca consigo ver. Tento olhar, mas meus dedos não se mexem. Como se o saco estivesse colado na minha pele.Dou um passo para frente e ouço o som dos meus saltos ecoando no asfalto vazio. É assustador como cada passo parece um estrondo naquele silêncio. Olho para os dois lados antes de atravessar. Nada. Absolutamente nada. Então começo a andar, respirando fundo para espantar a sensação estranha que sempre me acompanha nesse sonho.Quando chego ao meio da faixa de pedestres, o vento muda. Ele fica gelado, cortante, como se algo tivesse aberto uma porta invisível para um lugar sombrio. É aí que acontece. Sempre acontece. O som surge do nada: um motor acelerando. Primeiro distante, depois perto. Mu

DianaQuando Ethan me colocou na cama, eu perdi completamente o chão. O jeito que ele me olhava... era como se tivesse esperado a vida inteira para esse momento. Minha respiração estava acelerada, e o coração batia como um tambor dentro do peito. Ele não disse nada no começo, só ficou ali, parado, me olhando, com aquele sorriso arrogante que eu tanto odiava... e amava.A luz suave do quarto iluminava a pele dele, e eu senti minhas pernas tremerem só de imaginar o que estava por vir.— Você não tem ideia do quanto eu esperei por isso… — ele murmurou, tirando lentamente o paletó e jogando no chão.Minha boca secou. Eu não conseguia parar de olhar para ele. Cada movimento era lento, calculado, como se estivesse fazendo de propósito para me enlouquecer.Quando ele se aproximou, ajoelhando-se na beira da cama, meu corpo reagiu sozinho. Ele deslizou as mãos pelos meus tornozelos e subiu devagar, pelo meio das minhas pernas, sem pressa nenhuma. Meu corpo inteiro estava arrepiado, implorando

EthanFazia algum tempo que eu não dormia tão tranquilo, a felicidade de poder viver livremente longe da Meredite, me trazia uma tranquilidade que eu nem se quer, pensava em um dia ter. Aquela víbora tomou muitos anos da minha vida. Eu não ia deixar que ela fizesse o mesmo a minha mulher e ao meu bebê que ainda estava sendo gerado.Fui acordado pela luz do sol atravessando a cortina e me atingindo em cheio, normalmente eu fico incomodado com essas coisas, mas dessa vez nem isso me tirou a paz. Diana dormia tranquila, com a mão repousando sobre a barriga que já mostrava sinais do nosso moranguinho. Aquela visão era tudo para mim. Meu mundo inteiro estava ali, respirando calmamente, e eu sabia que faria qualquer coisa para manter isso intacto.Beijei a testa dela devagar para não acordá-la e fui para a cozinha. Enquanto preparava o café, uma ideia começou a se formar na minha cabeça: eu queria juntar as pessoas que amávamos em um só lugar. Minha família conhecia Diana, mas não conhecia