A madrugada seguia densa e silenciosa, o céu coberto por nuvens pesadas. Dentro do quarto, Darian permanecia imóvel na poltrona, olhos semicerrados mas alerta a cada som, a cada movimento sutil. Foi então que ele sentiu. Um arrepio subiu pela sua nuca. O ar ficou denso, como se a atmosfera tivesse ficado elétrica. Ele abriu os olhos de vez, e no mesmo instante, o chão tremeu levemente. — Merda… — murmurou. Lyanna, adormecida, se contorcia no colchão. O rosto, antes sereno, agora franzido em agonia. Seus lábios murmuravam coisas sem sentido, os dedos agarrando o lençol com força. Darian se levantou num salto silencioso, indo até a beira da cama. Foi então que as luzes piscaram. As paredes do quarto emitiram um rangido agudo e a mobília tremeu. Um vaso de vidro tombou na cômoda, estilhaçando no chão. Ela estava liberando energia. No sonho, Lyanna via novamente a floresta, a névoa, os olhos vermelhos, sua mãe a chamando. Mas dessa vez, os monstros avançavam, as garras quase toca
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