A plataforma que criou, VeraDonna, virou símbolo de força, estilo e superação. Começou com vídeos curtos nas redes, falando sobre autoestima, mostrando bastidores da moda sem filtro, e denunciando padrões destrutivos. Em pouco tempo, estilistas, editoras de revistas e ex-modelos a procuraram. Ela havia virado um ícone — não de perfeição, mas de verdade.Suas seguidoras mandavam cartas, e-mails, mensagens: mulheres que tinham desistido de si mesmas e que, por verem sua mudança, decidiram tentar mais uma vez. Ela chorava lendo, mas sorria por dentro. Pela primeira vez, sentia-se útil, viva, necessária.Mas o maior presente do universo veio em forma de um olhar calmo e um sotaque siciliano grave. Matheu Leone, 35 anos, empresário do ramo editorial, viúvo, com um filho pequeno de seis anos. Conheceram-se num evento beneficente que ela apresentava. Ele não a olhou como a modelo, nem como a celebridade — ele a viu como mulher. E isso desarmou Nádia por completo.
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A NOVA PROMESSA
Na varanda enfeitada com flores brancas, as gêmeas estavam posicionadas lado a lado, usando camisetas idênticas onde se lia:“Promovida a irmã mais velha”.A pequena Amara, vestida da mesma forma, estava no meio das duas. Isadora, de vestido azul claro, trazia nas mãos uma caixinha embrulhada com um laço dourado.Quando Stephanos chegou do trabalho, os olhos curiosos procuraram pelas meninas, que gritaram em coro:— “Parabéns, papai!”Ele franziu o cenho, confuso, e Isadora se aproximou com um sorriso travesso.— “Você foi promovido.”— “Promovido a quê?” — ele perguntou, já desconfiando.Ela entregou a caixa. Dentro, estava o teste de sexagem fetal, o resultado claro:"Menino. 13 semanas."Ao lado do exame, um bodyzinho branco com letras azuis bordadas:“Nosso pequeno herdeiro está a caminho.”Stephanos arregalou os olhos e então puxou Isadora para um abraço apertado, as lágrimas
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DISCURSO DO PREFEITO ROBERT
Três dias depois...O gerente do resort chegou à prefeitura pontualmente às dez da manhã. Esperava encontrar o mesmo homem arrogante, altivo e frio com quem tivera breves contatos em eventos da cidade. Mas, ao adentrar o gabinete e ver Robert — ou melhor, o prefeito Robert — levantar-se para cumprimentá-lo com um aperto de mão firme e respeitoso, sentiu que algo havia mudado.— Que prazer tê-lo aqui, senhor Vicente. — disse Robert, puxando a cadeira para o visitante. — Sente-se, por favor. Quero conversar sobre um projeto de ampliação que pode beneficiar não só o resort, mas a cidade inteira.Vicent arregalou os olhos discretamente. Aquela não era a postura que esperava de Robert.— Há áreas adjacentes ao complexo que ainda estão livres, mas são zonas de preservação — explicou Robert, enquanto mostrava um mapa aberto sobre a mesa. — Quero que o resort use essas áreas, sim, mas de forma consciente. Sustentável. Que preserve a natureza, gere emprego
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Final da sessão psiquiátrica
Final da Sessão com o PsiquiatraRobert respirou fundo após relatar tudo: o que havia feito com Elise, a surra que levou, o casamento com Mary Lou, e o momento de ruptura ao vê-la em prantos, segurando o filho nos braços.O psiquiatra, observando com seriedade, finalmente falou, com voz segura:— O senhor já ouviu falar de Sigmund Freud, Robert?Ele assentiu com a cabeça, sem dizer palavra.— Freud dizia que aquilo que não enfrentamos dentro de nós, nos visita como destino. Você passou a vida toda correndo de seu pai... mas, ao não encarar o trauma, acabou virando ele. E hoje, pela primeira vez, está se colocando frente a frente com esse espelho.Robert apertou as mãos sobre os joelhos.— Eu... eu tenho consciência disso. Mas às vezes eu me sinto... cansado. Como se a raiva ficasse me esperando na esquina. Eu não consigo dormir direito, sinto o peito apertado, como se fosse explodir.O psiquiatra fez um leve mov
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