Passaram-se dois meses desde o jantar na casa de Christian e Briana, onde a verdade veio à tona e Ashley, emocionada, revelou ser filha de Christian. Desde então, a relação entre eles se fortaleceu a cada dia.Era como se uma peça faltante no coração de Ashley tivesse finalmente encontrado seu lugar. As visitas à casa do pai se tornaram frequentes, duas vezes por semana. Benjamin, por sua vez, parecia ter um laço invisível com o avô e os tios, a ponto de não querer ir embora cada vez que estava lá. Briana tratava Ashley não como uma filha por obrigação, mas como uma irmã mais nova, criando entre elas um carinho puro, sincero e espontâneo. A casa de Christian, para Ashley, se tornara uma segunda casa.O quartinho de Benjamin ficou pronto em pouco tempo, decorado ao gosto dos gêmeos, Samuel e Mihael, com uma divertida mistura de naves espaciais, alienígenas, planetas e estrelas. Era uma verdadeira festa visual que deixava o pequeno Benjamin encantado. Tanto que, em p

Ashley se virou para Elise na sala sorrindo, e de braços dados com Elise, carregando duas pequenas sacolas de presente que Philipe lhe entregou. — Elise, essa aqui é pra você — Ashley disse, estendendo a primeira sacolinha — Abre aí.Elise abriu devagar, encontrando um par de sapatinhos cor-de-rosa e um pequeno bilhetinho escrito com as palavras: “A Melhor Prima do Mundo.” Elise se emocionou na hora, levando a mão à boca.— E essa aqui — Ashley continuou, entregando a segunda sacola a Paul — É pra você, tio Paul.Paul ergueu uma sobrancelha e abriu a sacolinha, de onde tirou um chaveirinho com a inscrição “Melhor Tio e Padrinho do Mundo”. Ele riu, e seus olhos brilharam ao levantar o olhar para Ashley.— Eu vou ser padrinho?— Vai sim! Você e a Elise. Vocês aceitam ser padrinhos das minhas princesas?Paul, com o coração cheio, respondeu sem hesitar:— Será uma honra, minha cunhada. Ashley então olhou

Paul indo encontrar Monique:O som do interfone ecoou pelo apartamento minimalista de Monique. Paul esperava do outro lado da linha, segurando uma pequena caixa de veludo no bolso interno do paletó. Seu coração batia em um ritmo estranho — não era nervosismo, era... hesitação? Não, ele sacudiu a cabeça, recusando dar espaço a pensamentos inúteis.“É só ansiedade”, disse a si mesmo enquanto Monique, impecável em um vestido de cetim verde esmeralda, abria a porta com seu sorriso de vitória.— Pensei que fosse me deixar plantada hoje, doutor Paul. — ela disse, em tom de brincadeira, dando-lhe um beijo rápido, daqueles que soavam mais como um selo de posse do que como carinho.Paul sorriu, correspondendo ao abraço. Monique era uma mulher incrível. Advogada de renome, já com um apartamento próprio, uma carreira sólida, independente, madura. Ela era exatamente o que ele precisava. Certo?— Tive que deixar a Elise em casa, ela está terminando un

Sala de Reuniões: O Anúncio que DóiPaul ainda estava de pé, com o sorriso meio sem jeito, depois da observação do Patrick sobre a decisão precipitada do noivado, quando a porta da sala de reuniões se abriu suavemente.Elise entrou, segurando uma pasta de documentos. Ela sabia que Patrick estava ali, e ele havia pedido que ela levasse aqueles papéis para assinatura. Mas o que ela não esperava era ouvir, justamente ao abrir a porta, Paul dizendo:— Está na hora de eu construir a minha própria família também.Foi como um soco. Ela congelou por um segundo. Patrick, que percebeu, tentou suavizar a situação, mas no fundo, sabia que Elise tinha escutado.— Olha só, Elise. — Patrick disse, tentando soar leve. — Depois do jantar de ontem, o nosso solteiro convicto decidiu se tornar um homem de família. Ele pediu a Monique em noivado.O mundo dela parou por um instante. Elise manteve a compostura, mas os olhos denunciaram um brilho úmido

Assim que chegou à empresa, Elise caminhou firme até a recepção e pediu à secretária:— Por favor, avise ao Patrick que eu gostaria de falar com ele. É algo pessoal, mas importante.Minutos depois, a porta do escritório se abriu, e Patrick, do outro lado, fez um gesto discreto com a cabeça.— Pode entrar, prima.Ela entrou, um pouco tensa, mas decidida. Quando ele fechou a porta, ela foi direta:— Patrick, eu acabei de sair da sessão com a minha terapeuta… E… ela me fez enxergar que está na hora de eu enfrentar o que eu vivi com o Bob.Patrick a olhou em silêncio, respeitando o tempo dela.— Ela disse que fugir não está me ajudando. Que talvez... voltar para Silver Spring, para a casa dos meus pais, possa me fazer bem. Rever o Bob, ver com os meus próprios olhos quem ele é hoje... talvez seja um passo importante para que eu finalmente me cure de tudo isso.Ela respirou fundo, e completou:— Então... eu