— Eu não transei com elas, já disse, só… perdi a cabeça, desculpe.— Ah, tadinho, perdi a cabeça também. Só não espere desculpas, porque não vai rolar.— Você não exigiu fidelidade.— Se tivesse exigido você concordaria?— Sim.— Você o quê? — Congelo, em choque. Não é a resposta que esperava ouvir.— Transamos a noite inteira naquele dia e eu gostei muito. Você bastaria para mim.Bastaria?Sou a vilã do rolê, então? Ele tem dupla personalidade e uma facilidade de contornar o assunto, me distrair.— O que acontece com você? Bateu com a cabeça e esqueceu a forma injusta que me tratou? Eu não esqueci, mesmo depois do que acabou de acontecer.Ele massacra os cabelos com as pontas dos dedos.—

19, talvez?— Sou todo seu, basta entrar no box comigo.Chacoalho a cabeça, me libertando dos pensamentos impuros, indecentes. Não é o momento, estou aérea e confusa com tudo, há pouco ele estava com lágrimas nos olhos, triste e depressivo. Agora… olha só.— Melhor eu… ir…, lá… lá… — limpo a garganta, ridícula, tapo o rosto com as mãos, ainda assim é possível ouvir sua risada encoberta pela ducha de água. — Tô lá fora.Evaporo do banheiro, antes do meu corpo duelar entre a razão e o tesão.— Não precisava se preocupar com isso.Ponho o último conjunto de camisetas na prateleira, para só então, olhar para ele.— Não fiz por você, precisava esvaziar minha cabeça. Atividades de organizaç&ati

— Não me importo, é perfeito.O elevador apita e novamente ele espalma minha coluna e me conduz até o carro. Gael, sentado no banco carona, acena um “bom dia”, assim que me sento, no volante outro segurança, que graças, ciente do meu atraso, acelera um pouquinho e escolhe o caminho mais rápido e sem trânsito para a WUC. Em exatos quinze minutos o carro encosta ao meio fio, os homens da frente descem, contudo, sou impedida de fazer o mesmo. Nicholas segura minha nuca e abastece minha energia com um beijo que... Ulalá!— Nossa… — Tento me situar. — O que foi isso?Ele dá seu meio sorriso molhador de calcinha do caralho e diz com tranquilidade:— Um obrigado por ficar. Ergo uma sobrancelha.— Não resiste em agradecer sempre que quiser. — Pisco para ele.— Faria bem mais se houvesse tempo.Ai, Jesus&helli

— De quem se refere?Inclino o rosto, chegando perto.— Da Raica. O que a puta precisou fazer para garantir esse noivado? Acha que não estou acompanhando as notícias? Aquilo ali é uma vaca que ficou do lado do pervertido do irmão.Para tudo se tem um limite.Enxergo vermelho, liberto das amarras que o safou de encontrar o chão assim que invadiu meu escritório.Empurro o filho da puta, seguro seu colarinho entre os dedos e armo o soco, sedento por um fio de sangue escorrendo da sua face.— Nicholas, já estamos fodidos, quer piorar as coisas? — Não consigo acertá-lo, algumas mãos me tiram de cima dele e me prensam na parede. — Ele é o seu sogro, porra!— Me solta, Deloy! — Esmurro o peito do meu sócio, impondo distância. — Esse verme é um chantagista, safado.— Sabe quem eu sou? &m

— Qual a ONG que seu irmão apoiava? — Ela ergue uma sobrancelha. — Digo, a que pretende destinar uma parte do seguro?— Casa Aurora, é aqui em são Paulo. Quando Renan se assumiu foi lá que encontrou ajuda psicológica e o Théo.— Interessante — digo somente. Provocando uma explosão de curiosidade ao meu lado. — Hum, cerveja geladinha. — Disfarço meu desinteresse, me divertindo com suas caras e bocas.— Nicholas... — Esmurra meu braço.— Quê? — Massageio o local, doeu, essa garota sabe acertar. — Costuma ser violenta assim quando é contrariada?— Já treinei boxe, inclusive, pretendo malhar na sua academia a partir de manhã, economizo dinheiro do que treinando fora. — Porra, a imagem dela malhando e um bando de pau no cu cobiçando cada movimento desloca meu corpo. &md