Cap. 22Valerius estava em pé ao lado da escadaria, arrumando os punhos da camisa com precisão militar, enquanto mantinha o olhar fixo em Sylla, que o encarava com os braços cruzados, tentando entender por que ele a impedia de subir.— Vamos lá, Valerius. Você nunca teve problemas em me deixar subir. Além disso, tenho novidades para contar a vocês. Não sou nenhum monstro para devorar seu chefe... ainda. — disse ela, com um sorriso cínico.Ele continuou a encará-la sem dizer uma palavra, permanecendo na mesma posição, rígido como um soldado. Sylla, com sua postura impecável e presença marcante, sustentava o olhar em desafio. Os lábios comprimidos destacavam o batom rosado; os cabelos castanhos estavam presos em um coque alto que realçava seus olhos ligeiramente esticados. O vestido vinho, justo, delineava sua silhueta com elegância. Ela batia um dos saltos no mármore, o som ecoando como um alerta.Aquela visita não estava programada.Valerius fez um gesto discreto para dois empregados

Cap. 24Lúcios percebeu tarde demais que alguém os observava, e suas suspeitas recaíram imediatamente sobre Ângela. Então, ele encarou Sylla com uma desconfiança calma.— Você nunca teve esse tipo de comportamento. Por que me beijou? — perguntou, tranquilo.Sylla sorriu maliciosamente, ainda sentindo o êxtase do selinho atrevido que havia roubado. Lúcios manteve o semblante sério, mas seus olhos brilharam de irritação.— Eu apenas quis testar algo.— Você sabia que tinha alguém na porta? — ele perguntou, num tom mais grave.Sylla deu de ombros, como uma adolescente desobediente.— Não faço ideia… — disse com desdém, mas seu sorriso denunciava a mentira.— Sylla, não brinque comigo. Eu te conheço bem demais para não perceber quando está mentindo. — O tom de Lúcios se enrijeceu ainda mais. — A partir de agora, você não pode mais entrar nesta mansão.Ela deu um passo para trás, surpresa com a decisão, mas logo se recompôs e riu, debochada.— Só por causa de um selinho? Já faz oito meses

Cap. 26— Acho isso uma besteira, Ângela nunca gostaria de mim se fosse em outra situação, você mesmo presenciava o quanto ela me desprezava e até mesmo tinha medo de mim, esse tipo de coisa não me interessa e no meu estado agora, não tenho porque me preocupar com coisas desse tipo.— está falando em conquista-la? Você poderia conseguir cansar ela, nesse momento você é o salvador dela e o homem que ela pensa que está casado, se você que mesmo mandar Lívia e Rafael para a cadeia, você vai ter que conquistar ela, para que quando ela se lembre, ela tenha uma dívida irrevogável com você, você sabe, mulheres apaixonadas são capazes de tudo.— Mas minha única intenção com Ângela é mantê-la perto e descobrir tudo que ela sabe, e supostamente eu não vou poder fazer nada se ela tiver que ir para a prisão após ter sido cumplice de Rafael em todas as coisas que ele fez e isso se ela não tiver parte com alguma coisa que tenha a ver com Lívia também.— você teria mesmo coragem de a mandar para a ca

Cap.28— Bom... seu sobrinho está se movimentando na faculdade e... é oficial, ele e a irmã de você sabe quem, estão namorando, pode ser que ele esteja planejando se casar em breve. —— Parece que eu vou ter que ir a casa de Lívia para ver isso de perto. — lúcios comentou com tranquilidade.— Não sei como ele pensa em fazer isso, ele não se movimentou para anular o casamento com a ex esposa.— Não? — Lúcios perguntou surpreso em seguida apertou a mandíbula suspirando pesadamente assim como seu olhar que ficou feroz. — De toda a forma isso não é ruim, já que enquanto ele for casado com ela, não poderá correr atrás das minhas ações.— Por que você não tentar mais uma vez conversar com os advogados e dá um jeito de cancelar aquele acordo que Lívia te fez assinar?— Eu já consegui alterar a cláusula após roubar a cópia original naquela época, mas isso custou alguns milhões, e pelo tempo, já não posso fazer nada que não acabe me prejudicando, é melhor ficar no jogo deles, enquanto ele pens

Cap.30Lúcios inclinou-se, o calor de sua respiração roçando a orelha dela, fazendo Ângela sentir um arrepio profundo que não era de medo, mas de uma estranha expectativa.— Não sei… ainda estou analisando seu caso, Ângela. Para ser sincero… nesse momento, sou seu marido. Mas não espere que eu leve as coisas de forma sentimental. Afinal, são essas coisas que podem te matar, você não acha? — O final da frase foi um sussurro gelado, mas os calafrios que percorreram o corpo de Ângela eram uma mistura inebriante de pavor e atração.Por um instante, apenas por aquele instante, o brilho nos olhos de Ângela diminuiu. Seu olhar se tornou distante, quase dolorido.Ela levou uma das mãos à nuca, como se tentasse se ancorar na realidade, e um soluço escapou de seus lábios antes de um suspiro pesado. Então, um sorriso agridoce, quase forçado, brotou.— Não sei por que achei isso tão familiar e estranho.A mão de Lúcios ergueu-se, o polegar roçando a curva do queixo dela, um toque quase possessivo