Vitório O cheiro do perfume feminino, delicado, único, se desprendia da pele e dos cabelos negros como plumas sedosas, esparramados pelo peito forte de Vitório. A luz do luar era a única fonte de luz, as velas se apagaram com o vento, ao decorrer da noite. Agora, faltava pouco para amanhecer, mas a escuridão ainda reinava lá fora. Lucy se mexeu levemente, seu ventre arredondado se encaixando perfeitamente na costela de Vitório. Ele sorriu feliz, quando um dos bebês chutou forte. Sua esposa resmungou, e seu braço deslizou sobre o abdômen dele, totalmente sem forças. - Por que está sorrindo, seu bruto, insensível? – ela resmungou, de um jeito ranzinza muito fofo. Vitório beijou o alto de sua cabeça, e afastou as mechas de cabelo do rosto adorado da mulher que ele amava com loucura. De olhos fechados, ela torceu os lábios, em um biquinho que deveria ser um protesto. Mas para ele, todos os seus gestos e expressões, eram como um presente dos céus, que preenchiam seu coração de
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