VitórioDe braços cruzados sobre os seios, Lucila olhava para o rio que fluía montanha abaixo, em uma queda d’água de três metros. “Eu não vou pular aí, e você também não vai. É muito alto, a gente pode morrer lá embaixo!” ela gesticulou totalmente temerosa.A paisagem do alto da Pedra que Canta, o nome da montanha em que estavam, era de tirar o fôlego. Ela adorou o final da subida íngreme por dentro do mato fechado, sem nem mesmo reclamar do calor, dos insetos e dos arranhões em sua pele delicada, mas propor que se refrescassem na pequena cachoeira que cantava como uma sereia lá embaixo, foi vetado imediatamente. Já esperando por isso, Vitório se aproximou mais, e ajeitou o chapéu de vaqueira que trouxe para ela, segurando sua cintura fina. Lucila sempre foi presa em uma jaula de cristal, ela não viveu nenhuma experiência como essa, ela nunca se deixou levar pelas emoções do momento como agora, ela sempre foi criada como uma dama, e agiu assim o tempo todo.Mas depois de ontem a no
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