LOGAN BRYTHE Ela estava imóvel. Meu pequeno feixe de energia, com olhos arregalados e um sorriso ainda maior, estava como pedra na cama do hospital. Com três pontos e um hematoma escuro se formando acima da sobrancelha, ela ainda estava linda. Estava fortemente sedada com analgésicos para reduzir a dor de estômago e a dor de cabeça. A culpa foi minha. Meu segredo a fez beber uma garrafa e se trancar no banheiro. Se eu tivesse contado a ela sobre a ajuda da Elle, ela teria entendido, Avery sempre entendeu. Estremeço ao ouvir a batida na porta e pigarreio, chamando a pessoa. — Olá — cumprimentou, com a voz rouca e estranha. — Tenho os resultados dos exames. O inglês dele não era dos melhores, e o zumbido entre as palavras entrecortadas provava que ele tinha dificuldade para fazer as perguntas necessárias. Sento-me ereto enquanto ele olha para a pasta entre as mãos. — Alguns exames de sangue estão baixos. — explicou cuidadosamente. — Ela tem problemas de saúde? — Nenhum que eu sa

AVERY WELLES — Olha aqui. — Harry assobia, com um sorriso malicioso nos lábios. Meus olhos ainda fixos em Logan. Eu não conseguia desviar o olhar de seus olhos cheios de mágoa. — Até trouxe uma comitiva, ou essa é sua nova equipe de segurança, porque, devo dizer, é bem fraca. — Que porra você fez? — Lucian cospe com raiva, com os olhos em chamas. Harry não se deixa abalar e revira os olhos. — Tentando me livrar dela. Você teve sorte de eu não ter chamado a polícia por invasão de propriedade. — Não, estou falando da Avery. — ele rosna — com a nossa porra de negócio. O que te dá o direito de invadir nossas contas e roubar o nosso dinheiro suado? Quem diabos você pensa que é? Ele se recosta à mesa e balança a cadeira descuidadamente. — Eu sou Harry Donaldson, filho do CEO da DL Founders. A empresa que o seu pai bastardo roubou. — Seu dedo aponta para Logan. — Estou recuperando o que é dele por direito. — A empresa do seu pai faliu porque ele bebeu os lucros. — Logan retru

AVERY WELLES — Avery, vamos! — chama minha mãe do andar de baixo. — A Dra. Masude é uma mulher muito ocupada. Não quero ser eu a deixá-la esperando! — Estou indo! — remexo os dedos debaixo da cama e sorrio por ter conseguido encontrar meu celular caído. — Avery, vamos lá — diz Ju, colocando a cabeça no batente da porta. Seus rebeldes cachos loiros estavam presos em um coque bagunçado que caía desleixadamente no topo da cabeça, mas ainda assim parecia perfeitamente arrumado. — Você deixou seu telefone cair de novo? Eu me levanto e limpo a poeira dos joelhos. — Não conte para o papai. Eu mesma vou consertar a tela, de algum jeito. Ela revira os olhos. — Tanto faz. Anda logo, você sabe o quanto o dia de hoje é importante. Ela estava certa, mas eu, teimosa de dezesseis anos, me mantinha firme e egoisticamente não queria pensar nas consequências do dia. Todos ao meu redor, incluindo minha mãe, estavam otimistas com o dia de hoje. Vibrações e energia positivas, quando eu

AVERY WELLES Houve um estranho momento de paz absoluta me dominando. Nenhum momento de pânico passageiro ou puro terror. Apenas... paz. Acordo com uma pontada constante e ligeiramente dolorosa no estômago e uma sensação irritante de cócegas no nariz. — Esse é o seu oxigênio, Srta. Welles — uma voz amigável e calorosa fala à minha esquerda. Afastei a mão do tubo fino que havia sido forçado a entrar no meu nariz, abrindo meus lábios extremamente secos para responder. — Aqui, tome um gole disso antes de falar. Ela enche meio copo d'água, segurando o canudo para evitar que eu force o pescoço, e sorri enquanto eu suspiro. — Obrigada. — Você está com dor? — ela pergunta, clicando a caneta e rabiscando algo no papel amarelo grampeado na prancheta. Balanço a cabeça. — Ótimo, então a medicação está fazendo efeito. Você precisa de outra dose em cerca de quatro horas, mas até lá, se precisar de alguma coisa ou sentir qualquer outra dor, basta apertar o botão, ok? Ela me entr

AVERY WELLES Já houve um momento na sua vida em que você foi completamente consumido por outro ser humano? Já houve um momento na sua vida em que você se apaixonou perdidamente por alguém com um simples olhar? Aquele momento era agora para mim, enquanto eu observava, com um sorriso bobo e um aperto no peito, Logan com o recém-nascido envolto em azul, aconchegado em segurança em seus braços fortes e protetores. — Ele é tão lindo. — murmurei. Meus olhos se fixaram no pequeno bebê que parecia tão perdido comparado a Logan. Melany aninha a cabeça no peito de Lucian, um sorriso feliz e contente estampado nos lábios. — Muito, muito lindo. — Claro que é, ele é meu filho — Lucian se gabou, brincando. Inclinei-me sobre o ombro de Logan, passando a ponta do dedo por suas bochechas rechonchudas. — Você já escolheu um nome? — perguntei, sem tirar os olhos dos lábios carnudos, do nariz arrebitado e dos cílios grossos que me faziam sentir inveja. Lucian pigarreou e olhou para M