Narrado por BiancaEu estava trocando a fralda do meu filho quando a campainha tocou. Era um som simples, quase educado, mas soou na minha mente como um alarme de incêndio. Deixei o bebê no trocador e fui até o interfone.Babá: — Senhora Bianca, deixaram um pacote aqui na porta.Bianca: — De quem?Babá: — Não sei. Não tem nome. Só uma sacolinha com uma caixinha dentro.Engoli seco. As mãos formigaram. O coração bateu mais rápido, não por medo… ainda. Mas por intuição.Desci devagar, peguei a sacola na varanda. Era comum, papel pardo, fita branca. Nenhuma marca. Nenhum remetente. Apenas… leve demais.Entrei e fechei a porta com tranca dupla. Caminhei até a cozinha, coloquei a sacola em cima da mesa e abri.Dentro, uma caixa preta.Dentro da caixa preta, o inferno.Uma roupinha de bebê. Branca, delicada, com estampa de ursinhos. Mas manchada de algo vermelho e escuro. Ao lado, uma chupeta. Também manchada. E um bilhete:> “Nem todo bebê acorda sorrindo. Proteja o seu enquanto ainda dá t
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