CarolinaA dor ainda ardia no meu rosto. Não pela intensidade do tapa, mas pela audácia. Viviane achou mesmo que podia me humilhar e sair impune?Ela me bateu. Como se eu fosse uma qualquer. Como se o poder fosse só dela. Ela esqueceu com quem estava lidando. Esqueceu que quando eu sou provocada, eu não paro enquanto não vejo sangue. E agora, Viviane Mancini, você vai aprender que tapa se paga com ruína.Peguei minha bolsa e saí. Eu já sabia exatamente o que fazer. O plano se formava na minha cabeça como veneno se espalhando em água limpa. E se ela achava que eu ia recuar, que ia correr atrás do perdão dela… estava muito enganada.Cheguei no prédio da Letícia pouco depois das dez da manhã. Ela morava num daqueles apartamentos apertados, cheirando a mofo e fritura de óleo velho. Toquei a campainha e ajeitei o cabelo, sorrindo com superioridade.Ela abriu a porta com o rosto amassado de sono e uma camisa do Gustavo larga até o joelho. Ridícula.Letícia: — Carolina? O que você tá fazendo
Leer más