Stella Willians Os últimos dias passaram como um sopro quente de verão. Um daqueles sopros que não se esperava, mas que aqueciam até os cantos mais gelados da alma. Eu e Dominic nos entregamos a uma bolha de tempo, ignorando o mundo lá fora, como se cada segundo fosse roubado — e por isso mesmo, precioso.Pela manhã, nos víamos discretamente no café do hotel. Às vezes, ele me tocava de leve por debaixo da mesa: um roçar de joelhos, um dedo deslizando sobre o dorso da minha mão. À tarde, nos separávamos para cumprir nossas obrigações no projeto. Ele liderava com segurança, voz firme, postura respeitável. Eu seguia os arquitetos locais, anotando tudo, registrando, aprendendo. Fingíamos que éramos apenas colegas. Mas sabíamos a verdade.E à noite… à noite, voltávamos a ser apenas dois corpos famintos um do outro. Dois corações em colapso. As roupas no chão, os beijos urgentes, os toques quentes demais para serem inocentes. A forma como ele sussurrava meu nome no escuro fazia meu peito d
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