A nova casa já não era mais apenas uma casa — era um lar. Em pouco tempo, os três haviam transformado aquele espaço tranquilo, com varanda de madeira, árvores altas ao redor e o silêncio quebrado apenas pelo cantar dos pássaros, num refúgio de afeto e cumplicidade. A mudança para o interior tinha sido um salto ousado, mas, agora, parecia o passo certo. O ambiente era leve, o ar mais puro, e Pietro estava crescendo cercado de amor, sem olhares tortos ou julgamentos envenenados.A rotina ali fora moldada com o cuidado de quem molda uma peça delicada de vidro: com calma, com intenção e com amor. Pietro, agora com quase dois anos, dormia cedo, cansado das brincadeiras no quintal, das corridas atrás das galinhas e das histórias inventadas por Roberto. E, à noite, depois que ele caía no sono com um ursinho agarrado ao peito, a casa silenciava, dando espaço para que os três voltassem a se encontrar como amantes, não apenas como pais.Naquela noite em especial, o frio do lado de fora aumentav
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