A manhã nasceu preguiçosa, envolta por uma luz suave que filtrava pelas janelas do quarto amplo da casa de praia. A brisa do mar entrava levemente, balançando as cortinas brancas, e trazia consigo o cheiro salgado da maré baixa e o som ritmado das ondas quebrando na areia.No centro da cama enorme, Alicia despertou lentamente, espreguiçando-se com cuidado para não acordar os dois corpos que ainda dormiam ao seu lado. João à esquerda, com o braço protetor sobre sua cintura. Roberto à direita, com o rosto colado em seus cabelos. Ela sorriu. Aquela era uma cena que, até pouco tempo atrás, teria parecido impossível, impensável… mas agora era o retrato do seu presente.Ela se virou com delicadeza e observou os dois. João tinha os traços relaxados, os cílios longos descansando sobre as bochechas. Roberto, mesmo dormindo, ainda exalava aquela energia forte e segura que sempre carregava. Sentia-se abençoada por tê-los. Não era uma escolha comum, mas era a escolha dela. E, mais importante, era
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