Capítulo 74Segunda-feira, 6h45 da manhã.O despertador tocou, mas Alana demorou mais do que o habitual para abrir os olhos. Quando finalmente o fez, sentiu as pálpebras pesadas, como se o corpo estivesse lutando contra a ideia de levantar.Arrastou-se até o banheiro, lavou o rosto com água fria e se encarou no espelho: olheiras profundas, pele pálida, expressão abatida. Suspirou fundo e, mesmo sem disposição, vestiu a calça social preta, uma camisa branca e prendeu os cabelos num coque simples.Pegou a bolsa, calçou os sapatos e desceu pelo elevador até a garagem.Assim que a porta se abriu, Matias já estava ali, encostado na lateral da BMW, observando o celular. Ao vê-la, ergueu os olhos e, imediatamente, franziu a testa:— Bom dia… — disse, analisando o rosto dela.— Bom dia… — respondeu Alana, com a voz fraca, evitando o olhar dele.Matias não insistiu, apenas abriu a porta traseira para ela, mas Alana fez questão de assumir o volante:— Eu dirijo.Ele apenas assentiu, fechando a
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